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Iluminação municipal foi tema de mais uma Audiência Pública na Câmara de Cruzeiro, ao final de fevereiro

Iluminação municipal foi tema de mais uma Audiência Pública na Câmara de Cruzeiro, ao final de fevereiro

No dia 25/02, foi realizada na Casa de Leis a segunda Audiência Pública deste ano sobre a Contribuição para a Iluminação Pública (CIP), que havia sido marcada na audiência anterior sobre o tema, em 11/02.

Representando o legislativo, estiveram presentes o presidente Diego Miranda (PSDB), o vice-presidente Charles Fernandes (PDT), o primeiro-secretário Thales Gabriel Fonseca (PCdoB) e os vereadores Antonio Carlos Marciano (PTB), Carlos Alberto Ribeiro (PR), Juarez Juvêncio dos Santos (PSB), Marco Aurélio Siqueira da Rocha (PR) e Sergio Antonio dos Santos (PDT).

O poder executivo foi representado pelo secretário de Finanças e de Obras, Gabriel Diego de Almeida, pelo assessor técnico da secretaria de Obras, Antonio Carlos Ferreira, pelo servidor municipal José Roberto e pelo chefe de gabinete da prefeitura, Claudinei Soares. João Paulo Casimiro Costa também participou, em nome da empresa RT Energia.

Após a abertura da Audiência pelo presidente Diego Miranda (PSDB), e da introdução feita pelo vereador Antonio Carlos Marciano (PTB), foi aberta a fala à população presente.

A munícipe Vânia colocou novamente a questão da falta de braços de luz nos postes da Rua 16, que já havia sido apresentada na audiência anterior, e o assessor técnico Ferreira informou que a rua está incluída no planejamento de ampliação da iluminação.

2016 03 18 audiencia cip 25 02 mesaSegundo o secretário Gabriel, pelo levantamento realizado, existem cerca de 300 postes já instalados no município que precisam da instalação dos braços. Será feita uma licitação para o serviço, que pelo orçamento inicial ficará em cerca de R$ 259 mil.

Rosângela Seabra questionou novamente sobre o FUNDIP (Fundo de Iluminação Pública), previsto na Lei nº 4349/2014. Segundo o secretário Gabriel, o procurador jurídico Magno José de Abreu está preparando o decreto para instituir o Fundo. Enquanto não existe o FUNDIP, os recursos da CIP vão para uma conta específica, administrada pela Secretaria de Obras, e Gabriel ficou de disponibilizar o extrato para quem quiser conferir.

Rosângela questionou ainda sobre as ruas em que os moradores pagam a Contribuição mas não têm iluminação, e se foram verificados os dados do Portal da Transparência da prefeitura, além de perguntar ao vereador Marco Aurélio (PR) sobre a possibilidade de revogação da CIP.

O secretário Gabriel informou que as ruas citadas também estão no projeto de ampliação, para a qual serão utilizados os recursos da Contribuição. Segundo ele, a administração está verificando os dados do Portal.

2016 03 18 audiencia cip 25 02 vereadoresO vereador Marco Aurélio (PR) contou que chegou a protocolar na Casa um pedido de cancelamento da CIP, mas que provavelmente alteraria para uma proposta de redução da contribuição em cerca de 70%, já que há dinheiro em caixa. Segundo ele, pode ser pensada uma suspensão, mas não o cancelamento, pois como a atribuição passou a ser do município a cobrança é irreversível.

A professora Celina questionou o representante da RT Energia sobre a disponibilização de telefone para reclamações à noite e em finais de semana e feriados, mas segundo João Paulo Costa o trâmite tem que ser de recebimento das reclamações pela prefeitura, e após passadas para a empresa os problemas têm sido solucionados em até 48 horas.

Celina sugeriu ainda, aos vereadores que votaram a favor da instituição da cobrança, que acompanhem mais de perto as ações da prefeitura, em especial para a viabilização das licitações para expansão da iluminação pública do município. O vereador Antonio Carlos Marciano (PTB), embora juntamente com o vereador Sergio Antonio dos Santos (PDT) tenha votado contra a CIP, expressou que acredita ser dever de todos os legisladores fiscalizar as ações do poder executivo, e se disse disposto a acompanhar as ações junto à prefeitura.

O munícipe Zezé questionou se podem ser instalados mais postes, ao que o secretário Gabriel respondeu que precisa ser elaborado projeto e feito orçamento com a EDP. Zezé sugeriu ainda que na nova licitação seja incluída proteção para as lâmpadas, para evitar depredação, e que sejam avaliadas as lâmpadas que, mesmo ainda não estando queimadas, já clareiam pouco.

O vereador Charles Fernandes (PDT) pediu que fosse esclarecido se os recursos da CIP foram usados para pagamento da primeira parcela do parcelamento com a EDP, mas, de acordo com o secretário Gabriel, o fundo foi utilizado para pagar uma conta de iluminação da prefeitura; as parcelas são pagas por meio de outras fontes do orçamento municipal.

O munícipe Fernando Fonseca citou pontos da Resolução da ANEEL que passou a responsabilidade da iluminação pública para os municípios (RN nº 414/2010), e também criticou a não instalação do FUNDIP, que deveria ter sido feita em até 30 dias após a promulgação da Lei que instituiu a CIP. Fernando citou ainda o Código de Defesa do Consumidor, que expressa que não se pode pagar por um serviço que não é recebido.

A munícipe Rosângela Seabra questionou sobre onde está o dinheiro da taxa que havia sido instituída no governo de Celso Lage, que depois foi julgada inconstitucional, mas, segundo o vereador Marco Aurelio Siqueira da Rocha (PR), quem não fez requerimento, na época, para receber de volta o valor pago, provavelmente não tem mais como receber, pois o valor deve ter sido integrado ao tesouro municipal.

Marco Aurélio esclareceu ainda que o Código do Consumidor não se aplica à administração pública, mas que quem quiser questionar o pagamento da CIP, por exemplo, por não ter iluminação em sua própria rua, tem que entrar com processo administrativo na prefeitura.

O vereador Sergio Antonio dos Santos (PDT) criticou a dificuldade de comunicação para reportar problemas na iluminação pública, e afirmou ter votado com consciência contra a cobrança, mas ficar envergonhado, pois para ele a população paga caro sem ter um serviço à altura de suas necessidades.

Os vereadores Thales Gabriel Fonseca (PCdoB), Charles Fernandes (PDT) e Antonio Carlos Marciano (PTB) cobraram maior agilidade no início da licitação para ampliação da iluminação, e o presidente Diego Miranda (PSDB) lembrou novamente que na aprovação da Lei foi autorizada a instalação de um 0800 para denúncias de pontos escuros, que não foi implementado, além de sugerir que seja avaliada a possibilidade de aumentar a intensidade da luz nos postes da cidade.

O representante da RT energia, João Paulo, esclareceu que qualquer mudança de carga na rede elétrica precisa ser verificada com a Bandeirante, e sugeriu a modernização do sistema de iluminação, trocando as lâmpadas atuais por outras que podem ser mais eficientes, utilizando até mesmo uma carga menor.

Segundo o secretário Gabriel, já foi solicitado um projeto para futuramente substituir a iluminação pela tecnologia LED, e está sendo estudada uma forma de disponibilizar um telefone para reclamações que atenda 24 horas. O senhor Ferreira esclareceu que por enquanto está disponível, em horário comercial, o Alô Cidadão (3141-1100), sendo que cada notificação gera uma senha para ser atendida em até 48 horas.

Ficou acertado o compromisso de que a nova licitação será viabilizada em até 30 dias, e os vereadores ficaram de acompanhar o trâmite junto ao executivo. O presidente Diego Miranda (PSDB) encerrou a audiência, afirmando que não vê como um erro o fato de terem aprovado a Contribuição, pois hoje podem ser discutidas novas instalações e há dinheiro em caixa, sendo que se não houvesse a CIP a cidade poderia estar hoje às escuras.

Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social - CMC


O áudio da Audiência está disponível para download neste link.